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Como funciona o sigilo dos atendimentos?

  • Foto do escritor: Thais Alves
    Thais Alves
  • 14 de nov.
  • 2 min de leitura
uma chave em cima de papeis de carta com escritos

Para que um processo psicoterapêutico aconteça é importante que se possa falar abertamente sobre tudo - inclusive assuntos bastante particulares e sensíveis. 


Parte do que se constrói na relação terapêutica é um espaço seguro para que isso possa acontecer, com confiança, acolhimento e empatia.

Diante de algo tão importante, é comum que surjam dúvidas e questionamentos. 


O sigilo na psicoterapia é garantido por lei e está previsto no Código de Ética Profissional da Psicologia. Ele protege a pessoa atendida e a relação terapêutica, e seu descumprimento pode gerar sanções profissionais.


É importante  lembrar que o sigilo também é direito de crianças e adolescentes. É papel da(o) psicóloga(o) explicar e acordar isso com os responsáveis no início do atendimento.


A confidencialidade se estende a todas as pessoas, situações e instituições mencionadas durante a psicoterapia. Isso significa que não há problema algum em compartilhar segredos que não sejam diretamente seus — eles também estão protegidos pelo sigilo.


Mas há situações em que o sigilo pode ser quebrado? Sim, existem exceções muito específicas.

Isso acontece quando o sigilo necessariamente entra em conflito com os princípios fundamentais do Código de Ética, como, por exemplo, nos casos em que há risco à vida. Nessas situações, a quebra do sigilo é limitada apenas ao que for estritamente necessário e deve ser conduzida com muito cuidado.


Para ilustrar como pode ser na prática: se a pessoa atendida apresenta planejamento de tirar a própria vida, a/o psicóloga(o) pode (e deve) acionar a rede de apoio dessa pessoa. 

O contato será feito com alguém de confiança para a pessoa atendida, com cautela, preservando a privacidade de quem está em atendimento. A/o profissional precisa se colocar à disposição para tirar dúvidas da rede de apoio em como ajudar em situações como essa. A pessoa atendida será informada da quebra de sigilo, do motivo e de como está sendo feito; tudo de forma muito cuidadosa. O objetivo é proteger, não é expor.


A confidencialidade é mais que um direito - é essencial para que o processo psicoterapêutico aconteça. Por isso, se em algum momento surgir dúvidas ou desconfortos com o tema, converse sobre isso com quem te atende. 





*Você pode acessar o Código de Ética Profissional da Psicologia, bem como outras normativas que regulamentam nossa profissão, no site do Conselho Federal de Psicologia.


 
 
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